terça-feira, 29 de julho de 2014

JOÃO USOTI - SER FORTE, AS VEZES É SABER QUE O SEU TEMPO PASSOU.

 

amar é se doar..............
amar é ter no outro um pedaço de você.................
mas nunca esquecer que cada um é um....
um ser único ...........
amar é querer ver toda hora...
mas saber que nem toda hora da pra ver.....
amar é ser leal,,,,,não com a pessoa pura e simplesmente.......
mas com o nosso sentimento propriamente dito....
e as vezes por obra do acaso ou destino 
a pessoa por quem  declaramos nosso amor...
vai embora
é claro que por se encontrar repleto de amor
vamos a luta

as vezes ficamos cegos e tentamos de qualquer forma resgatar aquele que achamos ser o nosso grande amor, que sem ele  não conseguiremos sobreviver,
porém,quando esse alguém diz não.
muitas vezes não..


demonstrar nosso amor (pricipalmente, o Próprio) e ser forte,

é recuar
dizer não a si mesmo.
deixar esse alguém seguir seu rumo.

e seguir o seu também.

acredite, sua dor vai passar.
buscamos sempre um grande amor, poxa, quem não quer ser feliz? 
o que muita gente esquece que a felicidade ta em cada um de nós, o outro só vem pra somar, nada de dividir, não busuque um amor pra ser a sua canção.
busca alguém pra ser sua trilha sonora.
o amor não é um jogo, ninguém ganha ou perde
apenas, as vezes, o momento passou.

....................................João Usoti.

quinta-feira, 17 de julho de 2014

Parece que Fernando Pessoa escreveu pra mim..pra você...ou pra um outro qualquer que também Ama e não lhe Sabe Falar


Presságio


 
 O AMOR, quando se revela,
 Não se sabe revelar.
 Sabe bem olhar p'ra ela,
 Mas não lhe sabe falar.

 Quem quer dizer o que sente
 Não sabe o que há de dizer.
 Fala: parece que mente...
 Cala: parece esquecer...

 Ah, mas se ela adivinhasse,
 Se pudesse ouvir o olhar,
 E se um olhar lhe bastasse
 P'ra saber que a estão a amar!








 Mas quem sente muito, cala;
 Quem quer dizer quanto sente
 Fica sem alma nem fala,
 Fica só, inteiramente!

 Mas se isto puder contar-lhe
 O que não lhe ouso contar,
 Já não terei que falar-lhe
 Porque lhe estou a falar...             

   
  Fernando Pessoa

sábado, 10 de maio de 2014

Vinicius de Moraes - Minha Mãe - Carlos Drummond de Andrade - Para Sempre - Uma Homenagem á Todas as mães do universo -



Para Sempre

Por que Deus permiteque as mães vão se embora?
Mãe não tem limite,é tempo sem hora,luz que não se apagaquando sopra o ventoe chuva desaba,veludo escondidona pele enrugada,água pura, ar puro,puro pensamento.Morrer acontececom o que é breve e passasem deixar vestígio.Mãe, na sua graça,é eternidade.Por que Deus se lembra- mistério profundo - de tirá-la um dia?Fosse eu Rei do Mundo,baixava uma lei:Mãe não morre nunca,mãe ficará semprejunto de seu filhoe ele, velho embora,será pequeninofeito grão de milho.

Carlos Drummond de Andrade.


Minha mãe, minha mãe, eu tenho medoTenho medo da vida, minha mãe.Canta a doce cantiga que cantavasQuando eu corria doido ao teu regaçoCom medo dos fantasmas do telhado.Nina o meu sono cheio de inquietudeBatendo de levinho no meu braçoQue estou com muito medo, minha mãe.Repousa a luz amiga dos teus olhosNos meus olhos sem luz e sem repousoDize à dor que me espera eternamentePara ir embora.  Expulsa a angústia imensaDo meu ser que não quer e que não podeDá-me um beijo na fonte doloridaQue ela arde de febre, minha mãe.
Aninha-me em teu colo como outroraDize-me bem baixo assim: — Filho, não temasDorme em sossego, que tua mãe não dorme.Dorme. Os que de há muito te esperavamCansados já se foram para longe. Perto de ti está tua mãezinhaTeu irmão. que o estudo adormeceuTuas irmãs pisando de levinhoPara não despertar o sono teu.Dorme, meu filho, dorme no meu peitoSonha a felicidade. Velo eu
Minha mãe, minha mãe, eu tenho medoMe apavora a renúncia. Dize que eu fiqueAfugenta este espaço que me prendeAfugenta o infinito que me chamaQue eu estou com muito medo, minha mãe.


Vinicius de Moraes - Minha Mãe.








segunda-feira, 14 de abril de 2014

FERNANDO PESSOA - PRESSÁGIO. sinta as palavras entrarem em seu corpo e tocar sua alma.


Presságio

O amor, quando se revela,
Não se sabe revelar.
Sabe bem olhar pra ela,
Mas não lhe sabe falar.
Quem quer dizer o que sente
Não sabe o que há de dizer.
Fala: parece que mente…
Cala: parece esquecer…
Ah, mas se ela adivinhasse,
Se pudesse ouvir o olhar,
E se um olhar lhe bastasse
Pra saber que a estão a amar!
Mas quem sente muito, cala;
Quem quer dizer quanto sente
Fica sem alma nem fala,
Fica só, inteiramente!
Mas se isto puder contar-lhe
O que não lhe ouso contar,
Já não terei que falar-lhe
Porque lhe estou a falar…
 Fernando Pessoa.