segunda-feira, 17 de outubro de 2011

Mulheres e Árvores........perfeito....

Mulheres e Árvores


As mulheres são como as árvores: elas fincam raízes no solo dos nossos corações, têm paciência e capricho com o próprio crescimento, seus braços são poderosos e, ao abraçá-las, nossos espíritos recebem renovadas energias. Elas amam e cuidam dos seus frutos, mesmo sabendo que um dia o mundo os levará para longe. Outras, aquelas que não dão frutos, oferecem sua sombra àqueles que necessitam de descanso. Quando açoitadas por fortes ventos da vida, elas emanam o perfume da força, trazendo calma por mais assustadora que seja a noite. Seus corações voam alto o suficiente para escutarem mais de perto os recados do céu. Elas oxigenam as ruas das cidades, as avenidas, os acostamentos de estradas e as beiras de rios e até as matas. Elas entendem o canto dos passarinhos e, mais do que ninguém, valorizam e protegem seus ninhos. Suportam melhor a solidão e as dificuldades da vida… Elas nascem em maior número para que o verde da esperança jamais empalideça. Todas mulheres são árvores… e que lindas florestas elas fazem.
Namastê
O Deus que existe em mim saúda o Deus que habita em você

domingo, 16 de outubro de 2011

Poema de Fernando Pessoa - sem comentários...


Escrever é esquecer. A literatura é a maneira mais agradável de ignorar a vida. A música embala, as artes visuais animam, as artes vivas (como a dança e a arte de representar) entretêm. A primeira, porém, afasta-se da vida por fazer dela um sono; as segundas, contudo, não se afastam da vida - umas porque usam de fórmulas visíveis e portanto vitais, outras porque vivem da mesma vida humana. Não é o caso da literatura. Essa simula a vida. Um romance é uma história do que nunca foi e um drama é um romance dado sem narrativa. Um poema é a expressão de ideias ou de sentimentos em linguagem que ninguém emprega, pois que ninguém fala em verso.
Fernando Pessoa

domingo, 9 de outubro de 2011

Não tem olhos solares, meu amor...

Não tem olhos solares, meu amor;
Mais rubro que seus lábios é o coral;
Se neve é branca, é escura a sua cor;
E a cabeleira ao arame é igual.

Vermelha e branca é a rosa adamascada
Mas tal rosa sua face não iguala;
E há fragrância bem mais delicada
Do que a do ar que minha amante exala.

Muito gosto de ouvi-la, mesmo quando
Na música há melhor diapasão;
Nunca vi uma deusa deslizando,

Mas minha amada caminha no chão.
Mas juro que esse amor me é mais caro
Que qualquer outra à qual eu a comparo


                    William Shakespeare